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Fórum debate desafios da publicação científica

por Sarah Emrish (UFPB), estudante voluntária na cobertura do Intercom 2022

O fórum, mediado por Nair Prata (UFOP/INTERCOM), ocorreu de forma híbrida com os palestrantes de forma remota, a mediadora e parte dos congressistas de forma presencial. Essa foi a maneira encontrada para o cenário atual de retorno do evento presencial na pandemia, buscando atingir uma maior diversidade e abrangência do público e de pesquisadores. O debate trouxe questões sobre os desafios enfrentados pelas revistas científicas no Brasil. Editores de diversas revistas científicas compartilharam suas dificuldades em relação à comunicação e à falta de investimentos.

Surge então uma necessidade da solução desses problemas, propostas com a ciência aberta, que mesmo já existente, ainda necessita de estudos e pesquisas mais aprofundadas, a fim de que os conhecimentos possam ter uma maior circulação. Destacando o papel dos periódicos em oferecer a matéria-prima para a ciência a partir da publicação de artigos, a professora Maria Ataíde, editora da Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, apontou que as práticas de ciência aberta podem auxiliar no aprimoramento da ciência, uma vez que “nossos erros e acertos devem circular mais rapidamente”.

Além disso, editoras como Laura Cánepa, da Revista Insólita (do Intercom), discutiram a importância de agrupar os conteúdos de comunicação que estão dispersos em diversas revistas, com o objetivo de tornar mais acessível esses conteúdos tanto para o público como também um meio de publicação para pesquisadores, gerando um sentimento de pertencimento à comunidade, concebendo uma diversidade de conteúdos em diversos níveis acadêmicos.

Ao encerrar a palestra, além de destacar a importância do fórum para alinhamento, compartilhamento de conhecimento entre as revistas, os participantes enfatizaram as questões e soluções para as dificuldades das revistas científicas, apontando a necessidade de uma reconfiguração das normas editoriais, ambientação, diálogos entre as comunidades e por fim a ciência aberta, mesmo ainda sendo necessários diversos aprofundamentos e estudos sobre suas complexidades executivas, políticas, sociais e econômicas. A professora Nair Prata concluiu que a revista científica faz a ponte entre quem produz a ciência e quem irá consumir, sendo fundamental como o canal que vai levar a ciência ao público.